Rosa dos Ventos

Rosa dos Ventos
Rosa dos Ventos

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Viabilidade da agroecologia é pesquisada no semiárido


SERTÃO DOS INHAMUNS

Viabilidade da agroecologia é pesquisada no semiárido

26.02.2012
Clique para Ampliar
Em Irapuá, a criação tradicional de galinhas é feita por mulheres
FOTOS: SILVANIA CLAUDINO
Clique para Ampliar
Ao todo, 13 mulheres participam do grupo, atendido pelo Projeto Dom Hélder Câmara. Além do incremento da renda, a criação de aves proporcionou transformações na rotina das criadoras, como mais tempo livre e melhor qualidade de vida
Um grupo em Nova Russas é retratado na pesquisa, que analisa as possibilidades da avicultura tradicional
Nova Russas. Tendo como objeto de estudo um grupo de avicultura tradicional acompanhado pelo Projeto Dom Hélder Câmara, da comunidade de Irapuá, neste Município, o médico veterinário e pesquisador Felipe Jalfim elabora sua tese de doutorado, a qual segue o mesmo tema de sua dissertação de mestrado, defendida em 2008: "Agroecologia e Agricultura Familiar em tempos de globalização: O Caso dos Sistemas Tradicionais de Criação de aves no Semiárido Brasileiro".

O estudo, vinculado à Universidade de Córdoba, na Espanha - onde Jalfim também concluiu o mestrado -, já tem a primeira metade finalizada e está previsto para ser concluído no início do próximo ano. O médico veterinário pernambucano e mestre em Agroecologia discorre sobre a criação tradicional de aves no contexto globalizado, ao mesmo tempo em que leva para o debate acadêmico e militante, no âmbito da Agricultura Familiar e Agroecologia, elementos teóricos-metodológicos que contribuem para o avanço e desenvolvimento rural sustentável no semiárido brasileiro.

Embora ainda em andamento, o estudo, de acordo com o autor, traz uma análise das limitações e possibilidades da criação de aves realizada pela agricultura familiar e pelo complexo avícola transnacional. Preenche uma lacuna de estudos acadêmicos com respeito à atividade.

"É um tema marginalizado, tanto no meio acadêmico, como em outros. Nunca se olhou para a importância desse trabalho feito especialmente pelas mulheres, na agricultura familiar".

Alimentos
Felipe Jalfim constata que a degradação dos recursos naturais constitui um dos problemas prioritários da região semiárida brasileira, mostrando a dependência da maior parcela da sociedade local e agricultura familiar dessa matriz produtiva.

"A produção de alimentos e outros bens tem como finalidade não só o autossustento, como também a geração de renda, elementos indispensáveis para o bem-estar e reprodução do modo de vida da agricultura familiar na região", salienta Jalfim, na primeira parte de seu estudo.

Segundo o pesquisador, a água, fator limitante no clima devido à sua escassez, gerou maior volume de estudos, conhecimentos e experiências, enquanto que a criação de animais, em especial a atividade avícola, carece "de um maior amadurecimento e melhor explicitação dos conhecimentos existentes", diz.

A questão é, por meio da pesquisa participativa junto a 13 mulheres na localidade distante 15 quilômetros da sede de Nova Russas, que criam tradicionalmente aves, contribuir para que o sistema se torne produtivo, resistente e gerador de renda para as famílias.

Assim, o pesquisador e consultor do Projeto Dom Helder Câmara, órgão apoiador do trabalho, espera provar que, com a utilização de estratégias, o sistema é rentável, tem sustentabilidade, produz alimentos de qualidade e propicia segurança alimentar.

"A atividade tem potencial e, por meio de estratégias elaboradas em conjunto com as próprias criadoras, se torna rentável, aliando-se a isso o resgate de uma cultura que aos poucos está se perdendo no meio rural", defende Felipe Jalfim.

Diálogo
Segundo ele, os técnicos reconhecem o saber da agricultora (criadora) e interagem de forma ampla e multidisciplinar. Esses conceitos são os pressupostos da Agroecologia, ciência nova que trabalha a agricultura de forma sustentável reconhecendo o conhecimento do agricultor.

Dessa forma, não há substituição de saberes. O conhecimento técnico e científico não chega ao meio rural para se sobrepor ao conhecimento tradicional das mulheres que, por gerações a fio, criam aves.

O experimento e a troca de conhecimentos, segundo Jalfim, são a grande proposta da Agroecologia e da pesquisa participativa aplicada na comunidade, junto às famílias que participam do grupo da avicultura, formado e acompanhado desde 2008 pelo Projeto Dom Hélder. "A ideia é que esses conhecimentos se encontrem, dialoguem e gerem novos conhecimentos. Vamos observando a sua forma de criar e testando novas experiências junto com elas", ressalta.

Monitoramento
Em meio ao diálogo de saberes, há o monitoramento das atividades realizadas pelas mulheres na criação avícola. Por meio de um formulário preenchido diariamente por elas, Felipe acompanha a atividade e suas nuances, desde a montagem da estrutura física, postura, ração e milho, reprodução à redução (consumo e predador). Os dados são coletados e levados para uma tabela que realiza a análise. Daí, mensalmente o grupo verifica os dados e toma decisões.

Exemplo simples desse diálogo e da importância do monitoramento foi a decisão tomada pelo grupo sobre a incorporação de cálcio na ração das aves, após as mulheres verificarem um hábito inusitado que as aves passaram a ter de repente - bicar a parede do galinheiro.

Através da suplementação alimentar, as aves abandonaram o hábito. Além disso, os ovos ficaram com a casca mais forte.

Geração de renda
"A produção de alimentos tem como finalidade não só o autossustento, como também a geração de renda"

Felipe JalfimMédico veterinário e pesquisador

Grupo de criadoras apresenta avanços
Nova Russas. O grupo de avicultores da comunidade de Irapuá foi criado em 2008 pelo Projeto Dom Hélder Câmara, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com acompanhamento técnico do órgão, que atua junto aos criadores no planejamento e execução das atividades, o grupo vem atestando a sustentabilidade e rentabilidade da atividade. Os avicultores produzem para consumo próprio e ainda comercializam o excedente para os moradores da própria comunidade e para as escolas. Vendem mensalmente para escolas cerca de 700 ovos.

"Estamos satisfeitos com o nosso grupo, pois o nosso objetivo definido desde o início era melhorar a nossa própria alimentação, e isso já alcançamos. Além do mais, ainda vendemos o que sobra", diz Maria Salu, uma das 13 mulheres do grupo.

Segundo a supervisão do Projeto Dom Helder, o grupo foi criado levando em conta a aptidão da comunidade, na qual muitas mulheres tradicionalmente já tinham criação de aves, as chamadas "galinhas caipiras". Com o apoio técnico do órgão, que disponibiliza incentivo financeiro a agricultores interessados em participar do grupo, assistência técnica por meio de visitas, monitoramento, consultoria, acompanhamento e informações sobre oportunidades de comercialização, a atividade vem crescendo e mostrando viabilidade.

"Trabalhamos há seis anos na comunidade e a criação de aves é um destaque porque é uma atividade que tem se renovado. O Projeto assiste as mulheres considerando as suas experiências e intervém de forma a contribuir e acrescentar. O diálogo enriquece, quebra paradigmas e possibilita crescimento", ressalta Ana Paula da Silva, supervisora na região dos Inhamuns.

O grupo recebeu investimentos de aproximadamente R$ 11 mil para iniciar a atividade.

Com isso, em cada residência foi construído um aviário padronizado, adquirido suprimentos, rações, vacinas e todo o material necessário para a formação e evolução da criação.

A partir daí, e com as instruções recebidas pelos técnicos e consultoria, novas formas são empregadas na criação. As mulheres, que anteriormente criavam as aves soltas no quintal e no "terreiro", como chamam popularmente, passaram a criar no aviário. Ali, há espaço designados para a reprodução, postura (deitar as aves), pintinhos e frangos. Com isso, poupam tempo e trabalho na busca das aves que corriam para longe, que punham seus ovos em ninhos feitos "no mato", em espantar predadores, entre outras situações comuns na criação tradicional.

Transformação
Além das mudanças na aquisição de renda pelas famílias com a atividade, esses fatores são enumerados como avanços ocorridos por meio da criação do grupo e do trabalho do Projeto na comunidade. "Percebemos transformações evidentes na situação das mulheres, que com a criação acompanhada pelos técnicos passou a ter mais tempo para outras atividades, teve o seu trabalho mais valorizado pela própria família e uma melhoria na sua qualidade de vida", analisa Ana Paula.

Outros grupos também são trabalhados, na comunidade, pelo Projeto Dom Hélder Câmara: apicultura e artesanato. Em ambos, há o acompanhamento da mesma forma que no grupo de avicultura. Na apicultura, nove famílias são beneficiadas e uma Casa do Mel está sendo construída, para ser utilizada pelos produtores da localidade e região. Já o grupo de artesanato é composto por 16 mulheres, que produzem peças em crochê.

Investimento
11 mil reais foram investidos na construção de aviários padronizados nas casas das mulheres que atuam na criação.

700 ovos são vendidos pelo grupo, mensalmente, para escolas, mostrando o potencial de geração de renda da atividade.

SILVÂNIA CLAUDINOREPÓRTER

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Grandes reservatórios favorecem o ciclo das águas e influenciam a ocorrência de chuvas nos Municípios

Iguatu O acúmulo de água em grandes reservatórios tem influência significativa no aumento de precipitação em área que pode abranger vários Municípios. Levantamentos comparativos do índice de chuva antes e depois da construção do Açude Orós, na região Centro-Sul, e do Açude Castanhão, no Vale do Jaguaribe, as duas maiores barragens do Ceará, comprovam que houve elevação do índice de pluviometria nas cidades de Iguatu e Quixeramobim.

A pesquisa mais recente foi feita pelo presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, e incluiu o intervalo de tempo de oito anos antes e após a Construção do Açude Castanhão. O reservatório foi concluído em 2004 e é o maior do Ceará, com capacidade para acumular 6,7 bilhões de metros cúbicos. Entre 1996 e 2003, foram registrados no Município de Quixeramobim, em média, 654 mm. No período entre 2004 e 2011, a média pluviométrica foi de 772 mm. Houve, portanto, um aumento de 18%.

"Os dados confirmam que água atrai água", observa José Maria Pimenta. "O nosso levantamento é de apenas oito anos, mas o suficiente para apontar uma tendência de crescimento do índice pluviométrico no Município de influência do Castanhão". Para Pimenta, o levantamento não foi surpreendente, mas confirma estudos que demonstram influência de grandes espelhos de água em formação de microclima. "Mesmo em Israel, a área de faixa de 50km litorânea chove bem mais do que em outras localidades", frisa. "Onde há água, o clima é alterado para melhor".

Pimenta destaca que a agricultura de sequeiro - aquela que depende exclusivamente da chuva - é favorecida em áreas de influência dos grandes açudes no Ceará. "Reduz perdas do plantio e contribui para uma melhor distribuição geográfica da chuva", disse. "É mais um argumento a favor da política pública de construção de reservatórios". O presidente da Ematerce informou que os estudos vão continuar. "No período de 50 anos teremos uma leitura que permitirá melhor comparação entre a pluviometria antes e depois da construção do Castanhão.

Orós

É justamente o período de meio século de levantamento comparativo de ocorrência de chuva antes e após a construção do Açude Orós, que permite comprovar a influência do reservatório no quadro pluviométrico em Iguatu. A pesquisa foi feita em 1991, quando o reservatório completou 30 anos, pelo agrônomo Nicédio Nogueira, atual presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) do Estado do Ceará, e atualizado até dezembro passado.

Na época, o autor era técnico da Ematerce e secretário de Agricultura de Iguatu. "Havia uma discussão local sobre a influência do reservatório no aumento das chuvas em Iguatu", lembra. Outra questão era descobrir por que chove menos em áreas próximas a Acopiara, que não são beneficiadas pela direção dos ventos, os quais sopram de nordeste para sudoeste.

"Fui buscar dados na Sudene, Rede Ferroviária e na Funceme", contou Nogueira. "Fiz um levantamento a partir de 1912 e consegui constatar o que as pessoas falam por intuição ou observação", disse. A planilha revela que a média pluviométrica de 50 anos antes da construção do Açude Orós foi de 752mm e, após a obra, foi de 981mm. Uma diferença numérica de 229mm - ou um aumento de 30,44%.

A série histórica feita por Nicédio Nogueira revela que, em 15 dos 50 anos que antecederam a construção do Orós, houve precipitações acima da média. Após a construção do açude, houve 31 anos de chuvas superiores à média do Estado, que é de 700mm.

Outro dado revela que o número de anos que registraram chuvas acima de mil milímetros foi de apenas nove, enquanto, no período posterior, foram 23.

Nogueira lembra que o estudo comparativo que demonstrou a influência do Orós no aumento da pluviometria de Iguatu, feito há 20 anos, foi determinante para sugerir ao presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, a elaboração de um levantamento pluviométrico antes e após o Açude Castanhão.

"O ideal era que fossem feitas pesquisas sobre pluviometria em outros Municípios de influência desses dois reservatórios, para que tivéssemos uma melhor comparação", ressalta Nicédio Nogueira. Antes do Orós, em nove anos não houve registro de nenhuma chuva de julho a dezembro, enquanto que, nos 50 anos após o Orós, há chuvas todos os anos, no mesmo período.

Mais informações:

Ematerce Fortaleza

Fone: (85) 3101. 2416

Organização das Cooperativas do Brasil - Seção Ceará (OCB)

Telefone: (85) 3535. 3670

HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Fotos em 3D inéditas da Amazônia revelam detalhes físicos e químicos

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/02/fotos-em-3d-ineditas-da-amazonia-revelam-detalhes-fisicos-e-quimicos.html

IGDNews

Estudos em Geociências e Direito
Law & Geosciences studies
Ano III, n. 187, 09 de fevereiro de 2012|Missão|Equipe| 
IGDNews
" Gozo os campos sem reparar para eles. / Perguntas-me por que os gozo. / Porque os gozo, respondo. "
Alberto Caieiro

Geojurídicas
 
09/02/2012
Presidente do Incra aponta necessidade de mudanças na autarquia
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) conta, hoje, com uma demanda maior do que a capacidade de resposta. Essa foi a conclusão apresentada na tarde de segunda-feira (6/2) por Celso L...

09/02/2012
Opinião: Imóveis rurais e soberania nacional
Maílson da Nóbrega*   Empresas brasileiras de capital estrangeiro não podem comprar imóveis rurais além de certo limite, em torno de 5000 hectares. É o que diz parecer da Advocacia-Ge...

09/02/2012
Opinião: Demarcação de terras indígenas e produção agropecuária
André Meloni Nassar* O processo de demarcação da reserva indígena Raposa Terra do Sol, no estado de Roraima, e as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, colocaram a questão...

09/02/2012
PA: MPF cobra regularização ambiental na atividade siderúrgica
O Ministério Público Federal (MPF) quer maior controle sobre a atuação de siderúrgicas no Pará e maior integração entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto...

09/02/2012
PUC/PR encerra inscrições para a especialização em Direito Socioambiental no dia 17
A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) finalizará as inscrições para a nona edição do Curso de Especialização em Direito Socioambiental no pró...

09/02/2012
Opinião: Licença ambiental do petróleo por portaria?
Rômulo Sampaio* A Portaria do Ministério do Meio Ambiente nº 422, de 22 de outubro de 2011, trata do licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos de exploração e produção d...

09/02/2012
Projeto cria o PIB Verde no Brasil
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 2900/11, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que estabelece o Produto Interno Bruto (PIB) Verde. Pelo projeto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), respons&aacu...

09/02/2012
CE: Falta plano de saneamento em 97% das cidades
Limoeiro do Norte Necessidade e obrigação de toda cidade, o Plano Municipal de Saneamento segue tardiamente em fase de implantação nos Municípios cearenses. A partir de janeiro de 2014, a cidade que ...

09/02/2012
Artigo: Utilização de mapas no campo da Epidemiologia no Brasil
A utilização de mapas em epidemiologia tem crescido de forma marcante nos últimos anos. Esta ferramenta, no entanto, não é nova e pressupõe uma forte base teórica e tecnológica. ...

09/02/2012
Direito Canônico: Vaticano limita escolha de cardeais por critério geográfico
O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), organismo da Igreja Católica em Portugal, defendeu hoje que a avaliação das decisões de Bento XVI sobre a criaç&atild...

Cristovam Buarque sobre a Amazônia

ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!
SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos
americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da
educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da
internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e
não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso
imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a
humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos
também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar
da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas
sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a
Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade
de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado
pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas
financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes
museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é
guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio
cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um
proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um
quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns
presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos
EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada
. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma
, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do
mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já
demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de
vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de
COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando
o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só
nossa!

ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Piloto flagra "ondas de nuvens" atingindo a costa da Florida

08/02/2012 09h52 - Atualizado em 08/02/2012 10h06

Piloto flagra 'ondas de nuvens' 



atingindo

 


a costa da Flórida


.R. Hott fotografou o fenômeno em Panama City.
À primeira vista, parece que cidade é atingida por tsunami.

Do G1, em São Paulo
6 comentários
À primeira vista, parece que um tsunami está atingindo a costa da Flórida (EUA), mas, para alívio dos habitantes de Panama City, as imagens impressionantes mostram um fenômeno natural conhecido como "ondas de nuvens", segundo o jornal inglês "Daily Mail".
Piloto flagrou 'ondas de nuvens' atingindo prédios em Panama City. (Foto: Reprodução)Piloto flagrou 'ondas de nuvens' atingindo prédios em Panama City. (Foto: Reprodução)
De acordo com a emissora de TV "CNN", o piloto de helicóptero J.R. Hott capturou o exato momento em que uma névoa atingiu os prédios altos ao longo da costa (veja vídeo).
Para o especialista Greg Forbes, do "Weather Channel", o fenômeno ocorre como resultado do ar quente e úmido, formando uma névoa de baixa altitude que se dissipa quando o ar esfria com a altitude.