Rosa dos Ventos

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sexta-feira, 9 de março de 2012

IGDNews


Estudos em Geociências e Direito
Law & Geosciences studies
Ano III, n. 194, 8 de março de 2012|Missão|Equipe| 
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Geojurídicas
 
07/03/2012
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07/03/2012
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07/03/2012
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07/03/2012
Expansão da aviação regional depende de investimento em aeroportos
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07/03/2012
Antaq vai licitar terminais
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07/03/2012
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Comprar a praia? "Não faz sentido", comenta o investigador do Centro de Investigação Marítima e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve Alveirinho Dias, esclarecendo que a legislaç&atil...

07/03/2012
Brasil e Alemanha formalizam acordos na área de energias renováveis
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07/03/2012
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07/03/2012
SP: Município ganha projeto de gestão energética
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07/03/2012
Açores: Geotermia complementa aproveitamento eólico
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quinta-feira, 8 de março de 2012

Tempestade solar chega à Terra hoje e pode afetar equipamentos


08/03/2012 03h22 - Atualizado em 08/03/2012 08h34

Tempestade solar chega à Terra hoje 





pode afetar equipamentos



Nuvem de partículas expelidas pelo Sol atinge 7,2 milhões de km/h.
Fenômeno pode afetar comunicação, rede elétrica, transporte aéreo e GPS.

Da Reuters
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Uma forte tempestade geomagnética originária do Sol deve chegar nesta quinta-feira (8) à Terra. O fenômeno pode afetar redes elétricas, transportes aéreos e aparelhos de GPS e de comunicações, segundo especialistas norte-americanos.
A tempestade - uma gigantesca nuvem de partículas expelidas pelo Sol a cerca de 7,2 milhões de km/h - foi provocada por duas erupções solares, de acordo com os cientistas.
Essa é provavelmente a mais violenta tempestade solar em quase seis anos, superando uma semelhante no final de janeiro, segundo Joseph Kunches, um meteorologista espacial que trabalha na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
A perturbação solar, segundo Kunches, tem três estágios, dos quais dois já estão afetando a Terra.
Imagem fornecida pela Nasa mostra ‘labareda’ solar já em direção à Terra.  (Foto: Nasa / AP Photo)Imagem fornecida pela Nasa mostra ‘labareda’ solar já em direção à Terra. (Foto: Nasa / AP Photo)
Primeiro, duas labaredas solares, movendo-se quase à velocidade da luz, chegaram à Terra, na noite de terça-feira (6). Elas podem afetar transmissões de rádio.
Em seguida, a radiação solar atingiu, na quarta-feira (7), o campo magnético terrestre, com possível impacto sobre o tráfego aéreo, especialmente perto dos polos. Satélites e astronautas em caminhadas espaciais também estão sujeitos aos efeitos dessa fase, que pode durar vários dias.
Finalmente, a nuvem de plasma emitida pela ejeção de massa coronal - que é basicamente um pedaço grande da atmosfera solar - deve chegar na manhã de quinta à Terra.
Essa fase pode afetar o funcionamento de redes elétricas, satélites, GPSs de alta precisão usados em operações petrolíferas e agrícolas, segundo os cientistas.
O GPS comum, como o dos carros, não deve ser afetado, segundo Doug Biesiecker, da NOAA.
Kunches disse que o componente geomagnético da tempestade pode se antecipar um pouco por ocorrer logo depois de uma tempestade anterior, que saiu do Sol no domingo (4) e está atualmente castigando a magnetosfera terrestre. “Quando você já teve uma tempestade de ejeção de massa coronal, às vezes a próxima tempestade de ejeção de massa coronal é mais rápida em chegar aqui”, disse Kunches.
As tempestades podem produzir auroras polares. No Hemisfério Norte, o fenômeno poderia ser visto até em latitudes médias, como em Nova York.
Cientistas dizem que o Sol está numa fase de atividade ascendente no seu ciclo de 11 anos, e o pico está previsto para 2012.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Viabilidade da agroecologia é pesquisada no semiárido


SERTÃO DOS INHAMUNS

Viabilidade da agroecologia é pesquisada no semiárido

26.02.2012
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Em Irapuá, a criação tradicional de galinhas é feita por mulheres
FOTOS: SILVANIA CLAUDINO
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Ao todo, 13 mulheres participam do grupo, atendido pelo Projeto Dom Hélder Câmara. Além do incremento da renda, a criação de aves proporcionou transformações na rotina das criadoras, como mais tempo livre e melhor qualidade de vida
Um grupo em Nova Russas é retratado na pesquisa, que analisa as possibilidades da avicultura tradicional
Nova Russas. Tendo como objeto de estudo um grupo de avicultura tradicional acompanhado pelo Projeto Dom Hélder Câmara, da comunidade de Irapuá, neste Município, o médico veterinário e pesquisador Felipe Jalfim elabora sua tese de doutorado, a qual segue o mesmo tema de sua dissertação de mestrado, defendida em 2008: "Agroecologia e Agricultura Familiar em tempos de globalização: O Caso dos Sistemas Tradicionais de Criação de aves no Semiárido Brasileiro".

O estudo, vinculado à Universidade de Córdoba, na Espanha - onde Jalfim também concluiu o mestrado -, já tem a primeira metade finalizada e está previsto para ser concluído no início do próximo ano. O médico veterinário pernambucano e mestre em Agroecologia discorre sobre a criação tradicional de aves no contexto globalizado, ao mesmo tempo em que leva para o debate acadêmico e militante, no âmbito da Agricultura Familiar e Agroecologia, elementos teóricos-metodológicos que contribuem para o avanço e desenvolvimento rural sustentável no semiárido brasileiro.

Embora ainda em andamento, o estudo, de acordo com o autor, traz uma análise das limitações e possibilidades da criação de aves realizada pela agricultura familiar e pelo complexo avícola transnacional. Preenche uma lacuna de estudos acadêmicos com respeito à atividade.

"É um tema marginalizado, tanto no meio acadêmico, como em outros. Nunca se olhou para a importância desse trabalho feito especialmente pelas mulheres, na agricultura familiar".

Alimentos
Felipe Jalfim constata que a degradação dos recursos naturais constitui um dos problemas prioritários da região semiárida brasileira, mostrando a dependência da maior parcela da sociedade local e agricultura familiar dessa matriz produtiva.

"A produção de alimentos e outros bens tem como finalidade não só o autossustento, como também a geração de renda, elementos indispensáveis para o bem-estar e reprodução do modo de vida da agricultura familiar na região", salienta Jalfim, na primeira parte de seu estudo.

Segundo o pesquisador, a água, fator limitante no clima devido à sua escassez, gerou maior volume de estudos, conhecimentos e experiências, enquanto que a criação de animais, em especial a atividade avícola, carece "de um maior amadurecimento e melhor explicitação dos conhecimentos existentes", diz.

A questão é, por meio da pesquisa participativa junto a 13 mulheres na localidade distante 15 quilômetros da sede de Nova Russas, que criam tradicionalmente aves, contribuir para que o sistema se torne produtivo, resistente e gerador de renda para as famílias.

Assim, o pesquisador e consultor do Projeto Dom Helder Câmara, órgão apoiador do trabalho, espera provar que, com a utilização de estratégias, o sistema é rentável, tem sustentabilidade, produz alimentos de qualidade e propicia segurança alimentar.

"A atividade tem potencial e, por meio de estratégias elaboradas em conjunto com as próprias criadoras, se torna rentável, aliando-se a isso o resgate de uma cultura que aos poucos está se perdendo no meio rural", defende Felipe Jalfim.

Diálogo
Segundo ele, os técnicos reconhecem o saber da agricultora (criadora) e interagem de forma ampla e multidisciplinar. Esses conceitos são os pressupostos da Agroecologia, ciência nova que trabalha a agricultura de forma sustentável reconhecendo o conhecimento do agricultor.

Dessa forma, não há substituição de saberes. O conhecimento técnico e científico não chega ao meio rural para se sobrepor ao conhecimento tradicional das mulheres que, por gerações a fio, criam aves.

O experimento e a troca de conhecimentos, segundo Jalfim, são a grande proposta da Agroecologia e da pesquisa participativa aplicada na comunidade, junto às famílias que participam do grupo da avicultura, formado e acompanhado desde 2008 pelo Projeto Dom Hélder. "A ideia é que esses conhecimentos se encontrem, dialoguem e gerem novos conhecimentos. Vamos observando a sua forma de criar e testando novas experiências junto com elas", ressalta.

Monitoramento
Em meio ao diálogo de saberes, há o monitoramento das atividades realizadas pelas mulheres na criação avícola. Por meio de um formulário preenchido diariamente por elas, Felipe acompanha a atividade e suas nuances, desde a montagem da estrutura física, postura, ração e milho, reprodução à redução (consumo e predador). Os dados são coletados e levados para uma tabela que realiza a análise. Daí, mensalmente o grupo verifica os dados e toma decisões.

Exemplo simples desse diálogo e da importância do monitoramento foi a decisão tomada pelo grupo sobre a incorporação de cálcio na ração das aves, após as mulheres verificarem um hábito inusitado que as aves passaram a ter de repente - bicar a parede do galinheiro.

Através da suplementação alimentar, as aves abandonaram o hábito. Além disso, os ovos ficaram com a casca mais forte.

Geração de renda
"A produção de alimentos tem como finalidade não só o autossustento, como também a geração de renda"

Felipe JalfimMédico veterinário e pesquisador

Grupo de criadoras apresenta avanços
Nova Russas. O grupo de avicultores da comunidade de Irapuá foi criado em 2008 pelo Projeto Dom Hélder Câmara, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com acompanhamento técnico do órgão, que atua junto aos criadores no planejamento e execução das atividades, o grupo vem atestando a sustentabilidade e rentabilidade da atividade. Os avicultores produzem para consumo próprio e ainda comercializam o excedente para os moradores da própria comunidade e para as escolas. Vendem mensalmente para escolas cerca de 700 ovos.

"Estamos satisfeitos com o nosso grupo, pois o nosso objetivo definido desde o início era melhorar a nossa própria alimentação, e isso já alcançamos. Além do mais, ainda vendemos o que sobra", diz Maria Salu, uma das 13 mulheres do grupo.

Segundo a supervisão do Projeto Dom Helder, o grupo foi criado levando em conta a aptidão da comunidade, na qual muitas mulheres tradicionalmente já tinham criação de aves, as chamadas "galinhas caipiras". Com o apoio técnico do órgão, que disponibiliza incentivo financeiro a agricultores interessados em participar do grupo, assistência técnica por meio de visitas, monitoramento, consultoria, acompanhamento e informações sobre oportunidades de comercialização, a atividade vem crescendo e mostrando viabilidade.

"Trabalhamos há seis anos na comunidade e a criação de aves é um destaque porque é uma atividade que tem se renovado. O Projeto assiste as mulheres considerando as suas experiências e intervém de forma a contribuir e acrescentar. O diálogo enriquece, quebra paradigmas e possibilita crescimento", ressalta Ana Paula da Silva, supervisora na região dos Inhamuns.

O grupo recebeu investimentos de aproximadamente R$ 11 mil para iniciar a atividade.

Com isso, em cada residência foi construído um aviário padronizado, adquirido suprimentos, rações, vacinas e todo o material necessário para a formação e evolução da criação.

A partir daí, e com as instruções recebidas pelos técnicos e consultoria, novas formas são empregadas na criação. As mulheres, que anteriormente criavam as aves soltas no quintal e no "terreiro", como chamam popularmente, passaram a criar no aviário. Ali, há espaço designados para a reprodução, postura (deitar as aves), pintinhos e frangos. Com isso, poupam tempo e trabalho na busca das aves que corriam para longe, que punham seus ovos em ninhos feitos "no mato", em espantar predadores, entre outras situações comuns na criação tradicional.

Transformação
Além das mudanças na aquisição de renda pelas famílias com a atividade, esses fatores são enumerados como avanços ocorridos por meio da criação do grupo e do trabalho do Projeto na comunidade. "Percebemos transformações evidentes na situação das mulheres, que com a criação acompanhada pelos técnicos passou a ter mais tempo para outras atividades, teve o seu trabalho mais valorizado pela própria família e uma melhoria na sua qualidade de vida", analisa Ana Paula.

Outros grupos também são trabalhados, na comunidade, pelo Projeto Dom Hélder Câmara: apicultura e artesanato. Em ambos, há o acompanhamento da mesma forma que no grupo de avicultura. Na apicultura, nove famílias são beneficiadas e uma Casa do Mel está sendo construída, para ser utilizada pelos produtores da localidade e região. Já o grupo de artesanato é composto por 16 mulheres, que produzem peças em crochê.

Investimento
11 mil reais foram investidos na construção de aviários padronizados nas casas das mulheres que atuam na criação.

700 ovos são vendidos pelo grupo, mensalmente, para escolas, mostrando o potencial de geração de renda da atividade.

SILVÂNIA CLAUDINOREPÓRTER